O termo consumismo significa o ato de aderir bens, exemplo: roupas, joias, alimentos, objetos em geral. Segundo Fernandes Rodrigues (2013), a prática de consumo da sociedade é associada ao dinheiro que durante o desenvolvimento da civilização foi um simbólico de objeto de troca, tudo que era valorizado pela população era adquirido pela moeda de troca. O propósito dessas conquistas é de um prazer. O imaginário social, crer que o consumismo pode proporcionar a felicidade, mas a recompensa é um prazer instantâneo.
O ato de comprar, gastar e consumir tornou-se em meio aos grupos sociais, uma busca pelo prazer e a satisfação. Em meio aos gastos exuberantes de um sujeito compulsivo, se deparamos com um vazio que estar sendo coberto pelo consumismo em excesso. Segundo Moraes (2006) um indivíduo com sentimento de vazio é um ser humano que se sente sem identidade, com o seguinte questionamento: quem sou eu? Com uma mistura de sensações de angústia, frustração, magoas, depressão levando a sair em busca de uma fuga do externo e interno, ele encontra esse refúgio em meio ao ato de consumir.
A fuga do externo e interno é representada pelo, o externo sendo o que está rodeando o sujeito, família, trabalho e o contexto social, interno são as questões inconscientes sua subjetividade. O consumo em excesso terá como objetivo uma fuga dessas questões que geram angústia, no indivíduo que se sente vazio, com baixa autoestima, sem desejo e objetivos.
Segundo Freud (1930 1936), a felicidade para o ser humano é uma satisfação, Freud faz essa comparação com o uso abusivo de entorpecentes. O dependente químico, busca sua fuga do externo e do interno através do uso abusivo de drogas, pode-se comparar essa dinâmica de uma busca de prazer com o consumismo em excesso. O sujeito que compra em grandes quantidades também estar numa procura constante da felicidade.
O sistema capitalista promove uma cultura para que as massas consume, com objetivo que esse lucro gere capital para as grandes empresas. A industrial cultural produz uma mercadoria com a intenção de lucrar e a sociedade passa a consumir esse produto, e o sujeito vazio acaba gerando uma substituição desse objeto e ele passa a substituir o objeto que foi perdido durante o período da infância, imaginando que ele possa trazer satisfação, mas essa felicidade é passageira assim ele desloca para um próximo objeto comprado com o mesmo objetivo de satisfação e sempre permanecendo nessa dinâmica de busca pela felicidade.
REFERENCIAS:
MORAIS, M. A sensação do vazio e o Nada existencial. Recanto das letras. 2006.Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/154853 Acessado em: 16/09/2015.
FREUD, Sigmund (1939). O Mal-Estar Na Civilização. São Paulo: PenguinClassics Companhia das letras, 2011. 21 v
FERNANDES E. RODRIGUES B. O vazio existencial na sociedade consumista contemporânea: uma revisão teórica.