Os pais apresentam dificuldade em lidar com a saída de seus filhos do ambiente familiar, a não aceitação da independência dos filhos é considerado como a síndrome do ninho vazio. Os pais sentem essa ausência como enlutados. Para DONIDA, STEFFENS (2018), existem pais que conseguem compreender essa nova faze da vida, e enxergam essa ausência como uma independência que os filhos passam a ter, mas as famílias onde as mães sentem essa falta é muito dolorida e tem como um sentimento de perda do filho amado, entrando em estado de depressão profunda.
Segundo kuss(2015), quando uma mãe da a luz à uma criança, essa criança passa a ter uma grande dependência biológica da mãe, pelo motivo da linguagem. A criança ela está em função de uso da lálíngua, e essa lalação será dirigido a mãe como demanda. A mãe terá a função de satisfação dessa demanda. Quando a criança cresce e passa a fazer o uso da linguagem, ela passa a gerar uma independência da mãe. Considera-se que na crise do ninho vazio que a dependência passa a ser da mãe para o filho.
Segundo Donida steffens (2018), durante a permanência do filho em meio ao contexto familiar, a mãe tem como função a satisfazer da necessidade do filho, como lavar roupa, alimenta-lo, limpar o quarto. Quando esse sujeito passa a ser ausentar dessa casa, a mãe passa a ter sentimento de inutilidade pelo motivo de ela não ter mais essa função de resguardo do filho.
Para kuss (2015), a mãe tem que dividir esse amor dos filhos para que eles possam aprender a amar um outro. Pelo fato que as crianças passam a amar da forma que elas foram amadas durante seu desenvolvimento. Caso o filho não consiga abandonar seus pais durante a fase adulta, ele passará a amar de forma dessexualizada, por não poder suportar o amor de forma sexual. Os pais devem deixar seus filhos amar um outro, para que eles possam aprender a amar e continuar amando seus pais, assim eles poderão dar a sua entrada na cultura.
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Quando ensina seu filho a amar, está apenas cumprindo sua tarefa afinal, ele deve transformar-se num ser humano capaz, dotado de uma vigorosa necessidade sexual, e que possa realizar em sua vida tudo aquilo a que os seres humanos são impelidos pela pulsão. É verdade que o excesso de por parte dos pais torna-se pernicioso, na medida em que acelera a maturidade sexual e também “mimado” a criança torna-a incapaz de renunciar temporariamente ao amor em épocas posteriores da vida, ou de se contentar com menor dose dele. (Freud, 1905/1906, p.22)
Mulheres que passam a dedicar a suas vidas a criação dos filhos, quando eles se ausentam tem o sentimento de que a vida acabou para elas, que agora “passam a servir para nada”. Mães que dividem suas vidas em ser mãe e profissionais trabalhando fora do ambiente familiar, conseguem lidar com a falta. Segundo Kuss (2015), o amor gera dependência, o sujeito passa a depender do outro como forma de satisfação. Considera-se que essas mães, passam a depender desses filhos que satisfazem a sua necessidade.
Conclua-se que essas mães passam as suas vidas em função da criação de seus filhos, passam a gerar uma dependência, pelo motivo desses filhos estarem satisfazendo a suas necessidades. A mulher quando esta gestando, ela passa a depositar todos os seus desejos naquele feto, mas quando essa criança nasce e passa a se apropriar da linguagem, ele gera uma independência da mãe e através das influências externas ele passa a ter os seus próprios desejos. Os pais têm que compreender que os filhos também são sujeitos desejantes, e a função desses pais é de ensinar esses filhos a amar e coloca-los em meio ao contexto cultural.
Referencias;
KUSS, Ana Suy (2015). Amor, desejo e psicanalise. Curitiba. Juruá.
Freud S. (1905/1906). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Rio de Janeiro: imago.
DONILDA N.P. STEFFENS S.R (2018). Síndrome do ninho vazio:sentimento das mães em relação a saída de seus filhos das suas casas. Unoesc, São Miguel do Oeste.